IV.
Conclusões
e Resultados para a melhoria da qualidade do ensino
Trabalhar
com leitura e escrita no cotidiano da sala de aula é uma atividade constante,
mas a proposta aqui, é trabalhar de forma diferenciada, incansavelmente, uma
vez que a grande dificuldade do aluno é
a interpretação de textos. É preciso desmitificar o letramento no espaço da
escola. Diferentemente do que muitos pensam, letrado não é alfabetizado.
Alfabetizados, nossos alunos são, mas precisam fazer uso social dessa
capacidade que adquiriram. Nesse sentido, é preciso diversificar os tipos de
leituras e permitir a aproximação do aluno a diferentes gêneros textuais e
diferentes possibilidades de intertextualidade. Essa é a ambição desse projeto.
Possibilitar momentos de leitura e produção de textos enriquecidos a partir da
realidade do aluno, buscando aspectos socioculturais do seu lugar e do seu
cotidiano escolar. A vivência do projeto propiciou aos alunos maior
disponibilidade para a aula, uma vez que
já sabiam que tratariam de uma temática diferenciada, com atividades
extraclasse: pesquisa em internet,
atividades lúdicas, já que têm predisposição para a música e a dança e
veem nessas atividades a possibilidade de mostrarem seus talentos, suas linguagens,
sua singularidade. O fato de, eles serem os sujeitos das atividades em sala de
aula e fora dela, faz com que desenvolvam empatia com esse momento diferenciado
de estudo, a frequentar mais as aulas, a participar mais das atividades e a se
relacionar melhor com professores e colegas.
V.
Considerações
Finais
Quando a escola resolve encontrar soluções para os
problemas reais dos alunos na sala de aula, ela está se preocupando com a
aprendizagem de fato. Educar com qualidade hoje se tornou um desafio cotidiano,
uma vez que educar em tempo de tecnologia avançada, de sociedade com valores
diferenciados e jovens que saem de famílias desestruturadas, é estar
preparada para superar problemas constantes. E não existe problema maior para
a escola do que não cumprir seu papel de ensinar. Nessa perspectiva, toda
iniciativa no sentido de promover momentos diferenciados de aprendizagem é
exitosa, considerando que o mínimo previsto vai ser alcançado. Não temos a
pretensão de superar todas as dificuldades dos alunos com a leitura e
produção de textos, uma vez que ninguém se torna um leitor e escritor
completo. Ler e escrever são atividades que, paulatinamente, vão evoluindo
com graus de dificuldades diferenciadas e a relação entre leitor e escritor é
que definirá o crescimento de ambos. Não é a toa que existe a crítica
literária para os autores. Existe uma relação íntima entre quem escreve e
quem ler. São os leitores que encontram respostas para as lacunas deixadas
pelos escritores, daí a importância da intertextualidade. A capacidade de
criar textos novos a partir da relação de textos diferenciados e de pontos de
vista diferentes enriquece o leitor e instiga o escritor a ir mais além. Ler
e produzir textos serão sempre tarefas que devem ser levadas a exaustão na
escola. Nunca é demais promover atividades que deem sentido às produções dos
alunos, promovendo o letramento, dando sentido social a partir de gêneros
textuais diversos. O projeto Gonzaguendo leituras tem essa dimensão
sociocultural que procura resgatar a identidade do aluno nas suas produções,
no espaço da escola, nas suas vivências diárias. Esse momento foi de
instigação, de provocação, onde percebemos que a mistura de livros, textos,
gêneros, internet, hipertexto, música, dança, aula de campo, conversas,
risadas, cordéis, teatro, podem enriquecer o aprendizado cotidiano do aluno,
promovendo a autonomia de ler e escrever, de aprender com competência.
VI.
Referências Bibliográficas
REVISTA
CONTINENTE. Ano
XII. CEPE Editora, Junho de 2012. Nº 138
CARVALHO,
Maria
Angélica Freire de, MENDONÇA, Rosa
Helena (Orgs.). Práticas de Leitura e Escrita. Brasília: Ministério da
Educação, 2006.
FILIPOUSKI,
Ana
Mariza Ribeiro, MARCHI, Diana
Maria. A Formação do Leitor Jovem: temas e gêneros da literatura. Erechim –
RS: Edelbra, 2009.
GONZAGA, Luiz,
TEIXEIRA, Humberto. Asa Branca.
1947. Disponível em (http://www.vagalume.com.br/luiz-gonzaga/asa-branca.html)
Acesso em 23 jul. 2012.
BIANCONCINI, Maria
Elizabeth. MORAN, José Manuel.
Integração das Tecnologias na Educação. Brasília: Ministério da Educação,
2005.
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