segunda-feira, 22 de outubro de 2012

CONCLUSÕES


IV.                   Conclusões e Resultados para a melhoria da qualidade do ensino

Trabalhar com leitura e escrita no cotidiano da sala de aula é uma atividade constante, mas a proposta aqui, é trabalhar de forma diferenciada, incansavelmente, uma vez que a grande dificuldade do aluno  é a interpretação de textos. É preciso desmitificar o letramento no espaço da escola. Diferentemente do que muitos pensam, letrado não é alfabetizado. Alfabetizados, nossos alunos são, mas precisam fazer uso social dessa capacidade que adquiriram. Nesse sentido, é preciso diversificar os tipos de leituras e permitir a aproximação do aluno a diferentes gêneros textuais e diferentes possibilidades de intertextualidade. Essa é a ambição desse projeto. Possibilitar momentos de leitura e produção de textos enriquecidos a partir da realidade do aluno, buscando aspectos socioculturais do seu lugar e do seu cotidiano escolar. A vivência do projeto propiciou aos alunos maior disponibilidade  para a aula, uma vez que já sabiam que tratariam de uma temática diferenciada, com atividades extraclasse: pesquisa em internet,  atividades lúdicas, já que têm predisposição para a música e a dança e veem nessas atividades a possibilidade de mostrarem seus talentos, suas linguagens, sua singularidade. O fato de, eles serem os sujeitos das atividades em sala de aula e fora dela, faz com que desenvolvam empatia com esse momento diferenciado de estudo, a frequentar mais as aulas, a participar mais das atividades e a se relacionar melhor com professores e colegas.


V.                Considerações Finais
Quando a escola resolve encontrar soluções para os problemas reais dos alunos na sala de aula, ela está se preocupando com a aprendizagem de fato. Educar com qualidade hoje se tornou um desafio cotidiano, uma vez que educar em tempo de tecnologia avançada, de sociedade com valores diferenciados e jovens que saem de famílias desestruturadas, é estar preparada para superar problemas constantes. E não existe problema maior para a escola do que não cumprir seu papel de ensinar. Nessa perspectiva, toda iniciativa no sentido de promover momentos diferenciados de aprendizagem é exitosa, considerando que o mínimo previsto vai ser alcançado. Não temos a pretensão de superar todas as dificuldades dos alunos com a leitura e produção de textos, uma vez que ninguém se torna um leitor e escritor completo. Ler e escrever são atividades que, paulatinamente, vão evoluindo com graus de dificuldades diferenciadas e a relação entre leitor e escritor é que definirá o crescimento de ambos. Não é a toa que existe a crítica literária para os autores. Existe uma relação íntima entre quem escreve e quem ler. São os leitores que encontram respostas para as lacunas deixadas pelos escritores, daí a importância da intertextualidade. A capacidade de criar textos novos a partir da relação de textos diferenciados e de pontos de vista diferentes enriquece o leitor e instiga o escritor a ir mais além. Ler e produzir textos serão sempre tarefas que devem ser levadas a exaustão na escola. Nunca é demais promover atividades que deem sentido às produções dos alunos, promovendo o letramento, dando sentido social a partir de gêneros textuais diversos. O projeto Gonzaguendo leituras tem essa dimensão sociocultural que procura resgatar a identidade do aluno nas suas produções, no espaço da escola, nas suas vivências diárias. Esse momento foi de instigação, de provocação, onde percebemos que a mistura de livros, textos, gêneros, internet, hipertexto, música, dança, aula de campo, conversas, risadas, cordéis, teatro, podem enriquecer o aprendizado cotidiano do aluno, promovendo a autonomia de ler e escrever, de aprender com competência.


VI.              Referências Bibliográficas

REVISTA CONTINENTE. Ano XII. CEPE Editora, Junho de 2012. Nº 138
CARVALHO, Maria Angélica Freire de, MENDONÇA, Rosa Helena (Orgs.). Práticas de Leitura e Escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006.
FILIPOUSKI, Ana Mariza Ribeiro, MARCHI, Diana Maria. A Formação do Leitor Jovem: temas e gêneros da literatura. Erechim – RS: Edelbra, 2009.
GONZAGA, Luiz, TEIXEIRA, Humberto. Asa Branca. 1947. Disponível em (http://www.vagalume.com.br/luiz-gonzaga/asa-branca.html) Acesso em 23 jul. 2012.
BIANCONCINI, Maria Elizabeth. MORAN, José Manuel. Integração das Tecnologias na Educação. Brasília: Ministério da Educação, 2005.





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