segunda-feira, 22 de outubro de 2012

MÚSICA DE LUIZ GONZAGA TRABALHADA PELA SALA SITUAÇÃO "A SOBREVIVÊNCIA NO SERTÃO"

Penerô Xerém

Luíz Gonzaga

Ôi pisa o milho, penerô xerém
Ôi pisa omilho,penerô xerém
Eu num vou criar galinha
Pra dar pinto pra ninguém } bis

Na minha terra
Dá de tudo que plantar
O Brasil dá tanta coisa
Que eu num posso decorar
Dona Chiquinha
Bote o milho pra pilar
Pro angu, pra canjiquinha
Pro xerém, pro munguzá

Só passa fome
Quem não sabe trabalhar
Essa vida é muito boa
Pra quem sabe aproveitar
Pego na peneira
Me dano a saculejar
De um lado fica o xerém
Do outro sai o fubá
Saculeja, saculeja, saculeja, já } bis
Penerô xerém

Ôi pisa no milho...

POESIA SOBRE A SECA PRODUZIDA POR UM ALUNO DA ESCOLA

A CHUVA E MINHA PROFISSÃO

Eu vou falar um pouco
Da minha profissão

Vivo de agricultura

Mas este ano foi uma negação

Plantei um pouco

De milho, também feijão

Pra terminar meu plantio

Plantei um pouco de algodão

Vou terminar minha poesia

Porque a chuva não veio não.



FRANCISCO PEDRO DA SILVA
3ª FASE
TURNO: NOTURNO

MESA REDONDA - A seca e a sobrevivência no sertão


PRÊMO GESTÃO ESCOLAR REGIONAL - ESCOLA VALDICLEIWTSON - 25 DE SETEMBRO EM RECIFE





CONCLUSÕES


IV.                   Conclusões e Resultados para a melhoria da qualidade do ensino

Trabalhar com leitura e escrita no cotidiano da sala de aula é uma atividade constante, mas a proposta aqui, é trabalhar de forma diferenciada, incansavelmente, uma vez que a grande dificuldade do aluno  é a interpretação de textos. É preciso desmitificar o letramento no espaço da escola. Diferentemente do que muitos pensam, letrado não é alfabetizado. Alfabetizados, nossos alunos são, mas precisam fazer uso social dessa capacidade que adquiriram. Nesse sentido, é preciso diversificar os tipos de leituras e permitir a aproximação do aluno a diferentes gêneros textuais e diferentes possibilidades de intertextualidade. Essa é a ambição desse projeto. Possibilitar momentos de leitura e produção de textos enriquecidos a partir da realidade do aluno, buscando aspectos socioculturais do seu lugar e do seu cotidiano escolar. A vivência do projeto propiciou aos alunos maior disponibilidade  para a aula, uma vez que já sabiam que tratariam de uma temática diferenciada, com atividades extraclasse: pesquisa em internet,  atividades lúdicas, já que têm predisposição para a música e a dança e veem nessas atividades a possibilidade de mostrarem seus talentos, suas linguagens, sua singularidade. O fato de, eles serem os sujeitos das atividades em sala de aula e fora dela, faz com que desenvolvam empatia com esse momento diferenciado de estudo, a frequentar mais as aulas, a participar mais das atividades e a se relacionar melhor com professores e colegas.


V.                Considerações Finais
Quando a escola resolve encontrar soluções para os problemas reais dos alunos na sala de aula, ela está se preocupando com a aprendizagem de fato. Educar com qualidade hoje se tornou um desafio cotidiano, uma vez que educar em tempo de tecnologia avançada, de sociedade com valores diferenciados e jovens que saem de famílias desestruturadas, é estar preparada para superar problemas constantes. E não existe problema maior para a escola do que não cumprir seu papel de ensinar. Nessa perspectiva, toda iniciativa no sentido de promover momentos diferenciados de aprendizagem é exitosa, considerando que o mínimo previsto vai ser alcançado. Não temos a pretensão de superar todas as dificuldades dos alunos com a leitura e produção de textos, uma vez que ninguém se torna um leitor e escritor completo. Ler e escrever são atividades que, paulatinamente, vão evoluindo com graus de dificuldades diferenciadas e a relação entre leitor e escritor é que definirá o crescimento de ambos. Não é a toa que existe a crítica literária para os autores. Existe uma relação íntima entre quem escreve e quem ler. São os leitores que encontram respostas para as lacunas deixadas pelos escritores, daí a importância da intertextualidade. A capacidade de criar textos novos a partir da relação de textos diferenciados e de pontos de vista diferentes enriquece o leitor e instiga o escritor a ir mais além. Ler e produzir textos serão sempre tarefas que devem ser levadas a exaustão na escola. Nunca é demais promover atividades que deem sentido às produções dos alunos, promovendo o letramento, dando sentido social a partir de gêneros textuais diversos. O projeto Gonzaguendo leituras tem essa dimensão sociocultural que procura resgatar a identidade do aluno nas suas produções, no espaço da escola, nas suas vivências diárias. Esse momento foi de instigação, de provocação, onde percebemos que a mistura de livros, textos, gêneros, internet, hipertexto, música, dança, aula de campo, conversas, risadas, cordéis, teatro, podem enriquecer o aprendizado cotidiano do aluno, promovendo a autonomia de ler e escrever, de aprender com competência.


VI.              Referências Bibliográficas

REVISTA CONTINENTE. Ano XII. CEPE Editora, Junho de 2012. Nº 138
CARVALHO, Maria Angélica Freire de, MENDONÇA, Rosa Helena (Orgs.). Práticas de Leitura e Escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006.
FILIPOUSKI, Ana Mariza Ribeiro, MARCHI, Diana Maria. A Formação do Leitor Jovem: temas e gêneros da literatura. Erechim – RS: Edelbra, 2009.
GONZAGA, Luiz, TEIXEIRA, Humberto. Asa Branca. 1947. Disponível em (http://www.vagalume.com.br/luiz-gonzaga/asa-branca.html) Acesso em 23 jul. 2012.
BIANCONCINI, Maria Elizabeth. MORAN, José Manuel. Integração das Tecnologias na Educação. Brasília: Ministério da Educação, 2005.





DESENVOLVIMENTO


III.                   Desenvolvimento
Num primeiro momento, representantes de alunos das diversas turmas, serão convidados a uma aula de campo em Exu, para visitar o Museu de Luiz Gonzaga; a ouvir músicas de Luiz Gonzaga como a Triste Partida; a ler as obras literárias que têm como pano de fundo a seca, como: O Quinze de Rachel de Queiróz, Vidas Secas de Graciliano Ramos e Os Sertões de Euclides da Cunha; num segundo momento, produzirão releituras das obras citadas e material intertextual a partir das mesmas e das letras de música de Luiz Gonzaga. No momento final serão exibidos os resultados para a comunidade escolar. Toda a produção final, resultante do projeto, será socializada com a comunidade escolar e seu entorno. Circulará na escola neste dia os cordéis produzidos pelos alunos, o jornal “Oxente Fala!”, os blogs das turmas “Gonzagueando Leituras” serão exibidos em data show, as peças teatrais e os musicais serão apresentados e vistos por toda a comunidade escolar. O projeto acontecerá seguindo essas etapas: 1ª etapa: Aula de Campo, leitura, audição de música; 2ª etapa: produção de material intertextual como cordéis, texto para jornal, texto para blog, peças teatrais, musicais; 3ª etapa: Culminância ou socialização, onde a comunidade escolar e seu entorno viverá um dia de homenagem ao Centenário de Luiz Gonzaga, apreciará as produções dos alunos, assistirá a uma mesa redonda sobre a temática da seca e viverá a integração família-escola tão necessária na melhoria do desempenho dos alunos.
Os alunos serão convidados a fazer leituras e reconstruir textos a partir do seu cotidiano. Relacionar livros, trechos de textos, letra de música, gêneros literários diversos, inclusive o mais procurado pelos alunos hoje, o hipertexto, serão algumas das atividades propostas na sala de aula durante a execução do projeto. Nesse sentido, o foco do mesmo é a leitura diferenciada, a intertextualidade, a diversidade dos gêneros literários e o sentido social que se pode dar a todo esse processo de aproximação e recriação de textos e contextos, como forma de assegurar o letramento. Nada mais é, do que dá sentido social ao que é lido. A ideia é corrigir o déficit de leitura e produção de texto na escola, buscando um significado social para a produção dos alunos.

                     Cabe então ao professor, mais do que alfabetizar, realizar o letramento de seus alunos, isto é, habilitá-los a exercer amplamente a condição que decorre do fato de terem-se apropriado da leitura e da escrita. Face á pluralidade de estímulos escritos, o professor precisa instrumentalizar o estudante a explorar as diferentes possibilidades de dialogar com os textos, o que implica utilizar a palavra lida/escrita para refletir e interagir com diferentes práticas sociais de cultura, entre as quais se insere a leitura. (Carvalho, 2006, p. 163)

A leitura da obra de Luiz Gonzaga permite ao aluno todas essas possibilidades, uma vez que ele estará lendo, cantando, produzindo textos, relacionando-os a obras literárias regionalistas clássicas e dando sentido às suas produções, seja através de um cordel, de uma paródia, de um texto para o jornal escolar, de um hipertexto no blog da escola, da apresentação de uma peça teatral criada a partir da letra da música, uma dança, dentre outras.
As músicas de Luiz Gonzaga nos remetem ao cotidiano do sertão, da seca, da vida sofrida do sertanejo e é a partir dessa realidade que o aluno vai perceber a relação existente, por exemplo, entre o personagem Fabiano do livro Vidas Secas de Graciliano Ramos, a letra de Triste Partida, a seca que atinge sua cidade hoje e a possibilidade de produção de um cordel.

                                     Formar leitores implica destinar tempo e criar ambientes favoráveis à leitura literária, em atividades que tenham finalidade social, que se consolidem através de leitura silenciosa individual, promovendo o contato com textos variados nos quais os alunos possam encontrar respostas para as suas inquietações, interesses e expectativas. Ler não se restringe à prática exaustiva de análise, quer de excertos, quer de obras completas, pois o prazer, a afirmação da identidade e o alargamento das experiências passam pela subjetividade do leitor e resultam de projeções múltiplas em diferentes universos textuais. Nesse caso, o papel da escola é torna-lo mais apto a fruir o texto. ( Filipouski, 2009, p. 23)

Toda a obra de Luiz Gonzaga permite várias reflexões sobre a realidade do aluno, promovendo uma interdisciplinaridade que convida as várias áreas do conhecimento a se deleitarem com as possibilidades de exploração de conteúdos variados. Além de facilitar o aprendizado do aluno,  a música é uma atividade lúdica que permite o enriquecimento cultural do mesmo. Desde as cantigas de ninar, passando pelas cantigas de roda, a música exerce um fascínio sobre as pessoas. As práticas pedagógicas, com o uso de letras de músicas, têm alcançado os objetivos propostos, uma vez que a receptividade dos alunos a uma atividade musical é  comprovadamente maior. É como se eles percebessem uma vontade maior do professor em ensinar e deles em aprender. Portanto, a música deve ser esse caminho alternativo para a aprendizagem. Sem falar, que se tratando de um texto, a música é uma forte concorrente em atrair o olhar do aluno, sem nenhuma repugnância, já que o mesmo tem uma relação diplomática com o texto musical. A identificação emocional do aluno sertanejo com a letra das canções de Luiz Gonzaga permite que haja uma empatia automática entre texto e leitor, como podemos constatar, nesse trecho de Asa Branca:

                                             Quando olhei a terra ardendo/ Qual fogueira de São João Eu perguntei a Deus do céu, ai/ Por que tamanha judiação Que braseiro, que fornalha/ Nem um pé de plantação Por falta d'água perdi meu gado / Morreu de sede meu alazão Até mesmo a asa branca / Bateu asas do sertão Então eu disse adeus Rosinha / Guarda contigo meu coração Quando o verde dos teus olhos / Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chores não, viu/ Que eu voltarei, viu Meu coração... 
(Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1947)
O projeto Gonzagueando Leituras – o letramento literário e digital a partir da obra de Luiz Gonzaga pretende aproximar o aluno de textos literários a partir de textos musicais, abordando a cultura do nordestino, seu cotidiano e promovendo a intertextualidade, a interdisciplinaridade e a formação de escritores e leitores com proficiência no espaço da escola. Temos a preocupação de superar as dificuldades dos alunos na interpretação de textos, deficiência comprovada através do resultado do SAEPE 2011, onde ficou clara a defasagem dos alunos em descritores considerados básicos na formação de escritores e leitores na escola. Inferir informação em um texto, identificar o tema central de um texto, reconhecer semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na composição entre textos que tratem da mesma temática, são algumas das dificuldades dos nossos alunos que iremos tentar superar, na tentativa de formar alunos escritores e leitores competentes. A obra de Luiz Gonzaga permitiu um olhar novo sobre o nordeste sofrido do começo do século XX. Vejamos:
                               Gonzaga utilizou a própria reputação e chamou a atenção de vários governos para o problema do empobrecimento material da região e o respectivo contraste com a sua riqueza cultural. Os reclamos desencadearam investimentos em irrigação e revitalização de áreas atingidas pela seca. Atitudes como essas fizeram de Gonzaga um artista pioneiro em questionar a marginalização da cultura nordestina. Não a toa, Asa Branca, passou a ser cantada em muitos movimentos sociais e se tornou um símbolo de luta de nordestinos e de muitos brasileiros das demais regiões... (Revista Continente, junho de 2012, p. 31)
Esse projeto terá a participação de todos os professores que fazem a escola, especialmente aqueles da área de linguagens e códigos, que irão trabalhar diretamente as competências de leitura e produção de textos. Retomando a obra de Luiz Gonzaga e o nordeste como pano de fundo, teremos muito a estudar nas disciplinas da área de humanas, uma vez que a história, a geografia e a sociologia do nordeste e do sertanejo permitem a compreensão do universo do aluno e a valorização da identidade desse povo.
Importante também nesse projeto é a pretensão de formar autores digitais, alunos que possam socializar na internet ideias, recontruí-las coletivamente e permitir a socialização das mesmas em um veículo de processamento instantâneo que é a internet. Serão feitos blogs com o mesmo nome do projeto para cada turma do ensino médio, assim os alunos produzirão textos para serem lidos virtualmente pelos colegas. Essa ideia de ser visto, lido, notado, aumenta a autoestima do jovem, fazendo com que ele ganhe autonomia para produzir cada vez mais. O texto virtual, ou hipertexto, tem a vantagem de poder ser corrigido instantaneamente quantas vezes o professor achar necessário, tornando o aluno um autor e o seu colega um coautor. Aproximar a relação de autor e leitor é uma alternativa para criar um diálogo entre ambos, gerando a intertextualidade tão falada nesse projeto.

E por que considero os hipertextos uma faceta tão especial? Porque são uma forma inferencial de representar o conhecimento, construímos significados ( e compreendemos as coisas que nos rodeiam) estabelecendo correlações, fazendo inferências. O hipertexto permite que essas correlações (ou ao menos parte delas) sejam representadas de forma concreta e operacional. Ao lermos um hiperdocumento seguindo uma via em especial, temos uma visão particular e estabelecemos algumas correlações. Seguindo outras vias, percebemos outras relações, outras inferências e formas de compreender o conhecimento ali representado. (Bianconcini & Moran, 2005, p.169)

IDENTIFICAÇÃO E INTRODUÇÃO


I.                   Identificação
A Escola de Ensino Fundamental e Médio Valdicleiwtson da Silva Menezes, está localizada à Rua do Campo, nº 873, Bairro São Francisco, município de Cedro – PE, pertencente à GRE 16 - Sertão Central – Salgueiro. Nessa unidade de ensino funcionam as seguintes modalidades: Ensino Fundamental de 8 anos, Ensino Fundamental de 9 anos, Ensino Médio, Travessia Médio e Educação de Jovens e Adultos.  Temos 397 alunos matriculados em 2012. A equipe gestora é formada por: Aldlene Leite Cavalcante – diretora, Maria Neide Grigório da Cruz – diretora-adjunta, Marina Oliveira Gorgonio – chefe de secretaria, Maria Jorge dos Santos  Leite e Maria Adriana Leite Vidal - educadoras de apoio.

II.                Introdução
Ao direcionar o olhar para os problemas de aprendizagem mais gritantes na escola, independente da série do aluno, é fato, que a deficiência de leitura e produção de texto é o que mais preocupa gestores, professores, pais e os próprios alunos, uma vez que estes se veem constantemente cobrados em avaliações externas, sobre a competência de produção de texto nos diversos gêneros textuais, inclusive o texto dissertativo, a “famosa” redação. Dessa forma, o resultado negativo dessa competência, recai sobre os professores, eles que estão no cotidiano da sala de aula e que propõem situações didáticas que deveriam suprir esta defasagem. A deficiência de leitura e produção de texto dos alunos, percebida em todas as áreas do conhecimento, é uma preocupação generalizada, por parte de quem faz a escola. A leitura e compreensão do texto são competências essenciais a todas as disciplinas, uma vez que o conteúdo das mesmas, com exceção de língua estrangeira, é estudado em língua portuguesa. Falar e escrever com proficiência nossa língua é uma obrigação de quem está na escola. Portanto, a escola deve encarar esse problema como um problema de todos. Com esse propósito, é que surgiu nessa escola, a ideia de superar as dificuldades enfrentadas através da pedagogia de projetos. Quem não ler, escreve mal, mas só se ler aquilo que interessa. Com esse pensamento, percebemos que precisávamos aproximar os alunos dos livros literários, mas ao mesmo tempo, percebemos que a leitura deve seguir um ritmo crescente, da mais simples a mais complexa. Diante disso, surgiu a ideia de associarmos textos cotidianos aos livros literários, num processo de intertextualidade. Esse seria o elo entre as leituras cotidianas e os clássicos da literatura regionalista. No ano do centenário de Luiz Gonzaga, nada mais justo, que essas leituras cotidianas fossem realizadas a partir das letras de músicas do rei do baião. Associando a pedagogia de projeto à pedagogia da música, chegamos à conclusão que teríamos uma arma na escola a favor do letramento literário tão deficiente entre os alunos das escolas públicas. O projeto Gonzagueando Leituras – o letramento literário e digital a partir da obra de Luiz Gonzaga tem como objetivo promover no espaço da escola o letramento literário e digital necessário aos alunos do ensino médio como forma de potencializar os aspectos sociais da escrita e da leitura, a partir dos diferentes gêneros literários. Será vivenciado na escola no período de 17 de julho a 19 de setembro de 2012.


GONZAGUEANDO LEITURAS - O LETRAMENTO LITERÁRIO E DIGITAL A PARTIR DA OBRA DE LUIZ GONZAGA


A TRISTE PARTIDA


Patativa do Assaré

Setembro passou, com oitubro e novembro
Já tamo em dezembro.
Meu Deus, que é de nós?
Assim fala o pobre do seco Nordeste,
Com medo da peste,
Da fome feroz.

A treze do mês ele fez a experiença,
Perdeu sua crença
Nas pedra de sá.
Mas nôta experiença com gosto se agarra,
Pensando na barra
Do alegre Natá...
 


                                         RESUMO



 O projeto Gonzagueando Leituras – o letramento literário e digital a partir da obra de Luiz Gonzaga tem como objetivo promover no espaço da escola o letramento literário e digital necessário aos alunos do ensino médio como forma de potencializar os aspectos sociais da escrita e da leitura, a partir dos diferentes gêneros textuais. Será vivenciado na escola no período de 17 de julho a 19 de setembro de 2012. O projeto pautado na obra de Luiz Gonzaga, provoca o aluno a produzir  textos próprios a partir de obras literárias regionalistas, com base na intertextualidade e na interdisciplinaridade. As atividades realizadas buscaram promover a autonomia literária do aluno, uma vez que procurou suprir as deficiências da escrita e da leitura dando um significado social para essas produções. A relação do aluno com os professores, do autor com o leitor e do aluno consigo mesmo foi enriquecida com atividades lúdicas, literárias e culturais. A intenção de formar leitores com proficiência e provocar o aluno a interagir com textos de gêneros diversos possibilitou a empatia entre alunos, livros, músicas, internet e pesquisa, na tentativa de promover o letramento literário e digital dos mesmos.

PALAVRAS-CHAVES: Letramento; Gêneros Textuais; Luiz Gonzaga.